No último domingo (24), o candidato do partido progressista Frente Ampla, Yamandú Orsi, foi eleito presidente do Uruguai. A eleição ampliou a onda de esquerda na América Latina, indo na contramão de outros países que elegeram governantes de direita.
Atualmente, seis países da América Latina estão alinhados com ideais de direita. O caso mais emblemático dos últimos anos é a Argentina, com a vitória de Javier Milei, que retirou o peronismo do poder. Desde sua posse, o governante adotou medidas políticas para reduzir o tamanho do Estado e impulsionar a economia.
Outro país que deu uma guinada à direita foi o Equador, com a vitória do empresário Daniel Noboa. No Paraguai, Santiago Peña manteve a hegemonia do partido direitista Colorado, sucedendo Mario Abdo Benítez. Já na Costa Rica, Rodrigo Chaves foi eleito com uma promessa “anti-establishment”. Por fim, Panamá e El Salvador elegeram candidatos de direita neste ano: José Raúl Mulino e Nayib Bukele.
Esquerda na América Latina
Por outro lado, a esquerda conseguiu liderar em alguns países do continente, como o México, onde Claudia Sheinbaum foi eleita a primeira mulher presidente do país. Também em 2024, Guatemala e República Dominicana elegeram Bernardo Arévalo de León e Luis Abinader, respectivamente.
No Brasil, a esquerda é representada por Luiz Inácio Lula da Silva, que está no seu terceiro mandato presidencial, enquanto a Colômbia é governada por Gustavo Petro, ambos eleitos em 2022. Já em 2021, Xiomara Castro venceu as eleições em Honduras e Gabriel Boric derrotou o conservador José Kast no Chile.
Em 2020, Luis Arce foi eleito em uma disputa política com seu antecessor, Evo Morales. Além disso, Suriname e Guiana elegeram Chan Santokhi e Irfaan Ali, respectivamente. Também há os países que possuem ditaduras socialistas em vigor, como a Nicarágua, com Daniel Ortega; a Venezuela, com Nicolás Maduro; e Cuba, com Miguel Díaz-Canel.
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