O diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Legislativo parece estar distante de ter uma frequência satisfatória. Em dez meses de mandato, Lula participou de apenas 21 encontros com deputados e senadores. Número 15 vezes menor em comparação à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que totalizou 349 encontros.
A comparação feita pelo O Estado de S. Paulo mostra que Lula recebe apenas um grupo seleto de políticos. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão na lista de prioridades. No Congresso, como os deputados José Guimarães (CE) e Gleisi Hoffmann (PR) e o senador Jaques Wagner (BA).
O presidente prefere se reunir com integrantes do alto escalão do governo, os nomes que mais aparecem são dos ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais (49); Rui Costa, da Casa Civil (38); Paulo Pimenta, das Comunicações (33); e Fernando Haddad (19), da Fazenda. Lula também prioriza reuniões com chefes de Estado de outros países. A agenda do petista inclui 62 encontros com líderes estrangeiros neste ano e já foram 25 viagens internacionais desde o início do mandato, que custaram R$ 45 milhões aos pagadores de impostos.
A pesquisa foi embasada em dados organizados pela ferramenta Agenda Transparente, da organização Fiquem Sabendo (FS), que é especializada no acesso a informações públicas. O levantamento considera as reuniões que ocorreram até 11 de outubro.
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