A Câmara dos EUA aprovou um pacote de US$ 14,5 bilhões em ajuda militar a Israel, em meio a uma crise fiscal que ameaça paralisar o governo. A proposta, apresentada pelos republicanos, enfrenta resistência dos democratas no Senado e do presidente Joe Biden.
A votação ocorreu nesta quinta-feira (02) e teve 226 votos a favor e 196 contra. Os republicanos, que têm maioria na Câmara, argumentaram que a ajuda é necessária para garantir a segurança de Israel, que enfrenta ameaças de grupos terroristas e de países inimigos na região.
O pacote prevê o envio de sistemas avançados de armamentos, o apoio ao sistema de defesa antimísseis Iron Dome e a reposição dos estoques de defesa doméstica americana. O presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, disse que a assistência é “crítica, enquanto Israel luta pelo seu direito de existir”.
Os democratas, por outro lado, criticaram a proposta, alegando que ela pode agravar os problemas fiscais da administração Biden, que já enfrenta dificuldades para manter a máquina pública funcionando. O Senado, onde os democratas têm maioria, deve rejeitar o pacote. Se for aprovado, a expectativa é de que Biden vete a medida.
A discussão sobre a ajuda militar a Israel acontece ao mesmo tempo em que os EUA enviam bilhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, que está em conflito com a Rússia. Segundo o Conselho de Relações Externas, os EUA enviaram, de janeiro de 2022 a julho de 2023, US$ 46,6 bilhões em ajuda militar à Ucrânia. Em setembro, a Câmara dos EUA aprovou um projeto para evitar um “shutdown”, já que o Legislativo não foi capaz de aprovar dotações orçamentárias necessárias para financiar o poder público em 2024.
Ver todos os comentários | 0 |