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Reino Unido analisa relatos de ataque químico em Mariupol

Deputada ucraniana disse que Moscou usou ‘substância desconhecida’ na população de Mariupol.

O Reino Unido está tentando verificar as informações de que a Rússia teria usado armamento químico na cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, disse a ministra das Relações Exteriores britânica nesta segunda-feira, 11.

“Há informações de que as forças russas poderiam ter usado agentes químicos em um ataque contra a população de Mariupol. Estamos trabalhando urgentemente com sócios para verificar detalhes”, disse Liz Truss no Twitter.


“Qualquer uso deste armamento é uma cruel escalada neste conflito e Putin e seu regime deverão prestar contas”, acrescentou.

A deputada ucraniana Ivanna Klympush disse que a Rússia usou uma “substância desconhecida” em Mariupol e que a população apresentava problemas respiratórios. “O mais provável, armas químicas”, tuitou.

O Batalhão Azov, uma força de extrema direita ucraniana, disse no Telegram que um drone russo havia despejado uma “substância venenosa” nas tropas e civis ucranianos em Mariupol. O grupo afirmou que as pessoas apresentavam problemas respiratórios e neurológicos.

Um alto responsável dos separatistas pró-Rússia da região de Donetsk, Eduard Basurin, falou sobre a possibilidade de usar armamento químico contra a cidade portuária que tem resistido a bombardeios durante semanas.

Basurin assegurou que suas forças poderiam “empregar tropas químicas que encontrarão uma forma de fazer as toupeiras fugir de suas tocas”, em declarações à agência russa RIA Novosti.

“Nós levamos isso o mais sério possível”, disse o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, em seu discurso mais recente, no qual também afirmou que o país se prepara para o que ele chamou de “nova fase de terror contra a Ucrânia”.

A Rússia negou ter cometido qualquer crime de guerra durante sua ofensiva na Ucrânia.

Serviços de inteligência ocidentais e analistas apontaram para a possibilidade de Moscou recorrer a armas não convencionais diante do pequeno avanço de sua ofensiva e da impaciência do presidente Vladimir Putin ante a resistência ucraniana.

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