A Ucrânia recebeu uma oferta de um carregamento considerável de obuses autopropulsados - veículos de artilharia - de uma empresa de armamentos alemã, disse uma fonte do governo alemão neste domingo, 10.
O anúncio veio um dia após a visita surpresa do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, à Ucrânia. Durante encontro com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, ele Johnson percorreu ruas de Kiev bombardeadas pelas forças russas. Além de prestar solidariedade ao povo, apresentou um novo pacote de ajuda financeira e militar ao país.
O semanário alemão Welt am Sonntag informou que o fabricante de armamentos Krauss-Maffei Wegmann ofereceu 100 obuses, um tipo de arma de artilharia, à Ucrânia, citando fontes anônimas do governo em Kiev. “Esta oferta existe”, disse a fonte alemã à Reuters, sem fornecer mais detalhes.
O relatório informou que o fabricante não tinha atualmente o armamento pronto para entrega e, portanto, sugeriu que os militares alemães oferecessem 100 de seus próprios obuses a Kiev e o fabricante entregaria as novas armas ao exército alemão uma vez prontas - provavelmente de no segundo semestre de 2024.
Krauss-Maffei Wegmann não estava disponível para comentar. Um porta-voz do Ministério da Defesa alemão se recusou a comentar. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, a Alemanha reverteu sua política de não enviar armas para zonas de conflito e disse que forneceria mísseis Strela, entre outras armas, para a Ucrânia.
O chanceler Olaf Scholz disse na sexta-feira, 8, que é importante que a Alemanha forneça apenas armas que o exército da Ucrânia saberá usar, como equipamentos mais antigos do exército da ex-Alemanha Oriental comunista.
Crimes de guerra
A União Europeia vai debater nos próximos dias sobre o apoio do bloco à investigação de possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia com o promotor do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan.
Zelenski disse no sábado que a Ucrânia continua disposta a negociar com a Rússia, apesar de as conversações terem sido suspensas após a descoberta das atrocidades cometidas em cidades próximas a Kiev.
“A Ucrânia sempre se disse disposta a negociações e buscaria as possibilidades de parar a guerra. Mas, infelizmente, vemos preparativos para combates importantes, alguns dizem decisivos, no leste” ucraniano, disse o líder ucraniano.
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