A Polícia Nacional do Haiti anunciou nesta segunda-feira, 26, a prisão do coordenador de segurança do presidente Jovenel Moise, sob o âmbito da investigação do assassinato do chefe de Estado, ocorrido este mês.
O comissário Jean Laguel Civil está preso na cidade de Delmas. Ele é suspeito de envolvimento no complô que levou à morte de Moise em sua residência pelas mãos de um comando armado. "Confirmo que Civil foi detido hoje pela polícia,como parte da investigação sobre o assassinato", disse à Agência France-Presse a porta-voz da polícia, Marie Michelle Verrier.
O comissário do governo de Porto Príncipe, Me Bed-Ford Claude, já havia pedido aos serviços de migração que proibissem quatro agentes da polícia nacional haitiana, responsáveis pela segurança do presidente assassinado, de deixar o país. Além de Civil, foram listados o comissário Dimitri Hérard, chefe da Unidade de Segurança Geral do Palácio Nacional (USGPN); o comissário Léandre Pierre Osman, chefe da Unidade de Segurança Presidencial (USP); e o inspetor-chefe Amazan Paul Eddy, chefe da unidade de elite responsável por proteger o presidente.
Também no âmbito da investigação do magnicídio, a polícia emitiu hoje um aviso de busca contra Wendelle Coq Thélot, juiz do Tribunal de Cassação, máxima instância judicial do país. Ele havia sido destituído por Moise.
O novo primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, prometeu levar os assassinos do presidente à Justiça. Até o momento, a polícia haitiana prendeu cerca de 20 mercenários, a maioria colombianos, e afirma ter descoberto um complô organizado por um grupo de haitianos que possuem ligações com o exterior, mas muitas perguntas permanecem sem resposta.
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