Os Estados Unidos anunciaram na noite deste domingo, 27, que realizaram uma nova rodada de ataques aéreos contra milícias apoiadas pelo Irã na fronteira da Síria com o Iraque. Segundo o Pentágono, foram bombardeios seletivos autorizados pelo presidente Joe Biden em resposta a ataques de drones das milícias contra militares e instalações dos EUA no Iraque.
Em um comunicado, os militares dos EUA disseram que alvejaram instalações operacionais e de armazenamento de armas em dois locais na Síria e um no Iraque. Eles não revelaram se alguém foi morto ou ferido.
Essa foi a segunda vez que Biden ordenou ataques de retaliação contra milícias apoiadas pelo Irã desde que assumiu o cargo há cinco meses. Na primeira vez, o presidente autorizou ataques limitados contra um alvo na Síria, em fevereiro, em resposta aos ataques de foguetes no Iraque.
"Conforme demonstrado pelos ataques desta noite, o presidente Biden deixou claro que agirá para proteger o pessoal dos EUA", informou o porta-voz do Pentágono, John F. Kirby, em um comunicado. Segundo a Defesa americana, as instalações visadas eram usadas por milícias apoiadas pelo Irã, incluindo Kataib Hezbollah e Kataib Sayyid al-Shuhada.
Os Estados Unidos estão enfrentando uma ameaça em rápida evolução de representantes iranianos no Iraque depois que as forças das milícias começaram a se especializar em operar armamentos mais sofisticados, incluindo drones armados, e atingiram alguns dos alvos americanos mais sensíveis em ataques que surpreenderam os americanos.
Pelo menos cinco vezes desde abril essas milícias usaram drones pequenos carregados de explosivos que mergulham e colidem com seus alvos em ataques noturnos contra bases iraquianas - incluindo aquelas usadas pelas unidades de Operações Especiais dos EUA, de acordo com autoridades americanas.
O Irã - enfraquecido por anos de duras sanções econômicas - está usando suas milícias substitutas no Iraque para aumentar a pressão sobre os Estados Unidos e outras potências mundiais para negociar uma flexibilização dessas sanções como parte de um renascimento do acordo nuclear de 2015. Autoridades iraquianas e americanas dizem que o Irã planejou os ataques de drones para minimizar as vítimas, na esperança de evitar uma retaliação dos EUA.
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