Dois casos de uma variante do coronavírus registrada inicialmente na África do Sul foram detectados pela primeira vez nos Estados Unidos, anunciaram as autoridades da Carolina do Sul nesta quinta-feira, 28.
Os funcionários de saúde do Estado não estabeleceram um vínculo entre os dois pacientes, nem identificaram nenhuma viagem recente em que possam ter se infectado.
Os laboratórios Pfizer e BioNTech anunciaram nesta quinta-feira que sua vacina é eficaz contra as variantes inglesa e sul-africana. A empresa americana de biotecnologia Moderna afirmou, até o momento, que sua vacina contra a covid-19 é eficaz contra a variante britânica, mas que tem proteção reduzida contra a sul-africana.
Os vírus sofrem mutações com frequência, e várias cepas já foram identificadas.
Uma preocupação, de acordo com o nomeado para cirurgião geral dos Estados Unidos, é que a variante sul-africana possa exigir doses maiores de anticorpos para o tratamento.
"Estou muito preocupado com as variantes, todas elas, todas têm o potencial de serem muito mais transmissíveis do que a versão atual da covid com a qual parecemos estar lidando nos Estados Unidos", disse o indicado ao Cirurgião Geral dos EUA, Vivek Murthy, em uma entrevista ao Washington Post.
"O que é problemático agora e que realmente precisamos ficar de olho são essas variantes", disse Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, em uma entrevista à MSNBC. "O mais preocupante, e que realmente pode ser problemático, é a cepa dominante na África do Sul."
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos disseram em comunicado que estão informados sobre os casos e observaram que não há evidências de que a variante seja mais letal.
O CDC disse que a chegada de mais variantes do coronavírus enfatiza a necessidade de uma campanha de vacinação rápida para limitar a capacidade do vírus de continuar mutando.
A variante inglesa, chamada B.1.1.7, foi detectada em pelo menos 28 Estados, de acordo com dados do CDC.
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