Os Estados Unidos registram mais de 25 milhões de casos de contágio por covid-19 desde o início da pandemia - informou a Universidade Johns Hopkins neste domingo, 24, poucos dias depois da posse do democrata Joe Biden.
Esta marca foi superada cinco dias depois de os Estados Unidos, o país mais rico e o mais atingido pelo novo coronavírus, ter passado dos 400 mil mortos.
A notícia vem à tona no mesmo dia em que o chefe de gabinete do novo presidente Joe Biden, Ron Klain, afirmou que a administração de Donald Trump não tinha um plano de distribuição da vacina contra covid-19.
"O processo de distribuição da vacina, especialmente fora das casas de repouso e hospitais para a comunidade como um todo, não existia realmente quando viemos para a Casa Branca", disse Klain no programa "Meet the Press" da NBC.
Fontes já haviam dito à CNN, na semana passada, que a equipe de Biden estava tendo que construir "do zero" o plano de distribuição do imunizante. No entanto, o importante especialista médico dos EUA, Anthony Fauci, respondeu às críticas com um planejamento da Casa Branca.
"Quer dizer, estamos chegando com ideias novas, mas também com algumas ideias do governo anterior. Você não pode dizer que não era absolutamente utilizável", disse ele, na ocasião.
O presidente Biden, por sua vez, criticou a maneira como vinha sendo feita a implantação da vacina no país. Ele prometeu 100 milhões de doses nos primeiros 100 dias de governo.
Novos casos em queda
Em seu último balanço, na manhã deste domingo, a Universidade Johns Hopkins contabilizou 25.003.695 pessoas infectadas e mais de 417 mil mortos. Após um pico no número de contágios em 12 de janeiro, a média semanal de novos casos está começando a cair, de acordo com dados do Covid Tracking Project. O número de mortos segue a mesma trajetória.
A equipe por trás do projeto ressaltou que a diminuição é "muito animadora, embora ainda tenhamos quase três vezes mais casos novos por dia do que durante o auge do verão". Os Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública dos Estados Unidos, estimam que entre 465 mil e 508 mil americanos terão morrido de covid-19 até 13 de fevereiro.
Nesse contexto, Biden fez do combate à pandemia a prioridade mais urgente de seu mandato. Na quinta-feira, seu governo divulgou um roteiro detalhado para combater a doença, com um aumento da vacinação e dos testes de detecção.
O chefe de gabinete do presidente, Ron Klain, disse à rede NBC neste domingo que um plano de distribuição de vacina "realmente não existia quando chegamos à Casa Branca".
"A diferença fundamental entre a abordagem de Biden e a de (Donald) Trump é que vamos tomar o assunto pelas mãos (...) Vamos estabelecer postos federais de vacinação para estarmos seguros nos estados em que houve problemas (...) estamos tapando os buracos", disse ele.
Biden também propôs um pacote econômico de US$ 1,9 trilhão, que inclui US$ 20 bilhões para vacinas, e US$ 50 bilhões, para testes.
O democrata se comprometeu a distribuir 100 milhões de doses da vacina contra o coronavírus nos primeiros 100 dias de seu mandato.
O país também aposta na esperança da autorização de novas vacinas nas próximas semanas, como a da Johnson & Johnson, que requer apenas uma dose.
O futuro diretor de Saúde Pública do governo Biden, Vivek Murthy, manifestou preocupação hoje, em entrevista à ABC, com as variantes do vírus observadas no Reino Unido e em outros lugares.
"As variantes são muito preocupantes, mas não surpreendem, porque é isso que os vírus fazem, eles sofrem mutação (...). Depende de nós nos adaptarmos e seguirmos em frente", declarou.
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