Foi realizada nesse sábado (10), em Barbacena, a cerimônia de beatificação da estudante Isabel Cristina, brutalmente assassinada aos 20 anos por um homem que montava um guarda-roupa em sua casa e tentou estuprá-la. A cerimônia que reuniu cerca de 10 mil fiéis foi presidida pelo cardeal Raymundo Damascena Assis, arcebispo de Aparecida (SP).
O Papa Francisco reconheceu em outubro de 2020 seu martírio, mas por conta da Covid-19 a sua beatificação foi adiada. “O martírio de Isabel Cristina nos leva também a pedir a Deus a graça de que as mulheres sejam respeitadas em sua dignidade; que cessem a exploração e os crimes sexuais contra as mulheres; que cesse o feminicídio! Não tenhamos medo de romper as cadeias da violência e da opressão”, afirmou dom Raymundo Damasceno.
Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. Ela se mudou para Juiz de Fora (MG) em 1982, para começar o pré-vestibular, seu sonho era ser pediatra. Isabel era uma jovem viscentina que tinha grande vivência católica.
Em setembro do mesmo ano, um homem foi montar um guarda-roupa no apartamento para onde tinha se mudado com seu irmão, Paulo Roberto. O homem então tentou violentá-la, e, ao resistir a violência, Isabel foi amarrada, amordaçada e morta com 15 facadas.
Outra beata vítima de violência
Em outubro, a cearense Benigna Cardoso da Silva foi beatificada no Crato, sertão do Ceará. A jovem foi assassinada aos 13 anos, em 1941, por um rapaz quatro anos mais velho, que a perseguia.
Com medo do rapaz, a jovem pediu ajuda ao pároco da cidade, o padre Cristiano Coelho, que a aconselhou a ir estudar na sede do município e deu de presente para ela uma bíblia, que segundo sua biografia, era seu livro de cabeceira.
Raul Alves, seu assassino, estava à espreita quando Benigna foi a um poço pegar água. Ao vê-la tentou estuprá-la. Com a resistência da jovem, Raul a matou com golpes de facão. Benigna é símbolo de pureza e castidade para os católicos.
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