O Corpo de Bombeiros localizou nesta terça-feira (24) o corpo de Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, motorista de uma das carretas que transportava ácido sulfúrico e caiu no Rio Tocantins durante o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. O acidente, ocorrido no domingo (22), às 14h50, deixou ao menos quatro mortos e 13 desaparecidos. A estrutura, localizada entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cedeu enquanto os veículos passavam.
Andreia estava a caminho da divisa do Pará quando sua carreta caiu no rio. Antes disso, ela havia se encontrado com o marido, José de Oliveira Fernandes, também caminhoneiro, em Darcinópolis (TO), onde ela levou uma refeição enquanto ele aguardava o conserto de seu veículo. José, que acompanhou as buscas desde o acidente, relatou a angústia da espera. "Passei a noite acordado, olhando para o rio, na esperança de encontrá-la viva. É muito difícil", lamentou, emocionado.
O desabamento envolveu quatro caminhões, dois deles transportando 76 toneladas de ácido sulfúrico e um terceiro com 22 mil litros de defensivos agrícolas, além de veículos menores como motos, carros e caminhonetes. A presença de materiais tóxicos e corrosivos inviabilizou inicialmente o trabalho dos mergulhadores, que precisaram aguardar análises da qualidade da água para iniciar as buscas submersas. O Ministério Público Federal investiga possíveis danos ambientais causados pelos produtos químicos.
Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foram enviados ao local para avaliar as causas do desabamento. A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, inaugurada em 1978, é uma das principais ligações entre os estados do Tocantins e do Maranhão, sendo essencial para o transporte de cargas. Segundo o DNIT, a inspeção emergencial busca entender as razões do colapso, que pode ter sido agravado pela sobrecarga ou falhas estruturais.
Além dos esforços para encontrar as vítimas, amostras da água foram coletadas por órgãos ambientais para análise. A Marinha do Brasil também participa das buscas, enquanto a população ribeirinha aguarda informações sobre possíveis contaminações e riscos.
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