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Internacional

Greenpeace é condenado a pagar US$ 660 milhões por protestos contra oleodutos nos EUA

O júri decidiu que a ONG é responsável por orquestrar uma campanha de violência e difamação.

Nesta quarta-feira (19), a Justiça de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, condenou o Greenpeace a pagar mais de US$ 660 milhões em danos à Energy Transfer, sediada em Dallas, e sua subsidiária Dakota Access. A decisão aconteceu após a empresa de energia apresentar reivindicações devido a relação da ONG com protestos contra a construção de um oleoduto da Dakota Access.

O advogado da empresa, Trey Cox, alegou que o Greenpeace pagou pessoas de fora para protestar na área, enviou suprimentos para o bloqueio, organizou e liderou treinamento para manifestantes e fez declarações falsas sobre o projeto para impedi-lo. Já os advogados da ONG afirmaram que não há evidências que sustentem as alegações e que os funcionários do Greenpeace não tiveram envolvimento nos protestos.

O júri composto de nove membros decidiu que a ONG é responsável por orquestrar uma campanha de violência e difamação contra a empresa de energia. Questionada sobre a possibilidade de abrir um recurso contra o veredito, a organização, por meio de sua consultora jurídica sênior Deepa Padmanabha disse que a luta não acabou. ““Essa é a mensagem realmente importante hoje, e estamos simplesmente dando um passo para trás e nos unindo para determinar quais serão nossos próximos passos”, disse Padmanabha.

A empresa de energia encarou a decisão como uma vitória também para os moradores de Mandan, Dakota do Norte, e de todo o estado. “Embora estejamos satisfeitos que o Greenpeace tenha sido responsabilizado por suas ações contra nós, esta vitória é realmente para o povo de Mandan e de toda a Dakota do Norte, que tiveram que suportar assédio e interrupções diárias causadas por manifestantes financiados e treinados pelo Greenpeace”, disse a empresa em uma declaração à The Associated Press (ATF).

O processo remonta as manifestações de 2016 e 2017 contra o oleoduto Dakota Access e sua travessia do Rio Missouri até a Reserva da Tribo Sioux de Standing Rock, com isso, o povo indígena protagonizou um dos maiores protestos da história dos Estados Unidos contra a construção do oleoduto. Muitos dos manifestantes ficaram feridos e outros tantos foram detidos.

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