O juiz Weliton Sousa Carvalho, da Central de Audiência de Custódia da Comarca de Timon, concedeu liberdade provisória a advogada Liliana Silva Rodrigues, de 28 anos, presa acusada de tentar entrar com drogas no Presídio Jorge Vieira, em Timon-MA, nessa terça-feira (09). A decisão foi dada no início da noite desta quarta (10).
Conforme a decisão do magistrado, o Ministério Público do Maranhão se manifestou pela homologação do auto de prisão em flagrante, pugnando pela conversão da prisão em flagrante em liberdade provisória cumulada com medidas cautelares. O juiz então concedeu a liberdade a acusada mediante as seguintes cautelares: comparecimento em juízo, a cada 30 dias para informar e justificar as suas atividades; proibição de ausentar-se da comarca por mais de 30 dias sem autorização do juízo competente; não mudar de endereço sem autorização do juízo competente; proibição de frequentar dependências prisionais de qualquer tipo, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; suspensão do exercício profissional da advocacia, no que diz respeito à atuação na esfera criminal; e pagamento de fiança no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
O magistrado advertiu que o descumprimento das medidas poderá ensejar a revogação do benefício, com o seu retorno à prisão.
Entenda
No documento obtido pela Coluna do Brunno Suênio, o policial penal que estava no plantão narrou que por volta de 15h58 dessa terça, ele estava de serviço no presídio Jorge Vieira, no setor P2, responsável pelo controle de acesso a entrada de qualquer pessoa na unidade prisional, quando a advogada Liliana Silva Rodrigues de Souza, chegou a unidade para visitar dois internos identificados como Airton Bispo Silva e Irlander do Nascimento Viana.
Como a sala da OAB estava ocupada por outro advogado, o policial penal iniciou os procedimentos de revista para a advogada Liliana entrar às 16h53. Ao passar pela máquina de scaner chamada Bodyscan, verificou-se que havia objetos estranhos no interior do calçado da advogada, semelhante a pequenas bolas. Nesse momento, o policial solicitou que a advogada retirasse as sandálias para uma revista, instante em que foram encontradas no interior do calçado 7 (sete) trouxas de maconha, sendo 04 (quatro) em um lado e 03 (três) na outra sandália.
Advogada assumiu que já havia entrado com droga na unidade outra vez
Ao indagar a advogada se era a primeira vez que ela estava entrando com droga no presídio, Liliana Silva respondeu que esta era a segunda vez.
Os policiais penais já haviam desconfiado da profissional, pois na última sexta-feira (05), depois que a advogada visitou outro detento, identificado como Diego Alves Costa, na sala da OAB, o interno começou a passar mal e teve que ser encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Preso havia engolido uma trouxa de maconha
Ao ser atendido na unidade de saúde, o detento Diego Alves Costa foi submetido a uma endoscopia, ocasião em que foi constatado que ele tinha engolido uma trouxa de maconha.
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