O prefeito de São Pedro dos Crentes (MA), Lahesio Bonfim (PSL), que é médico e especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enfrenta a pandemia da covid-19 sem decretos impondo o fechamento de atividades econômicas e adotando tratamento precoce como modo de salvar vidas. A cidade maranhense tem 4.684 habitantes, segundo o IBGE, e possui apenas 306 casos e duas mortes em decorrência do coronavírus, de acordo com os dados do Governo do Estado.
Durante entrevista exclusiva ao GP1, na última terça-feira (16), o prefeito Lahesio Bonfim explicou que sua gestão investiu na prevenção contra a covid-19 e destacou quais os medicamentos foram necessários para que a cidade obtivesse bons resultados na pandemia.
“A gente investiu na prevenção, mas dizem que não tem comprovação, realmente, os cientistas dizem que não. Só acho que a conclusão foi tirada muito rapidamente, só temos um ano de pandemia e se levam muitos anos para se colocar uma medicação em uso, bem em menos de um ano já disseram que não serve. Em uma guerra, uma faca, uma arma talvez não faça muito efeito, mas se é uma guerra, todas as armas que você tem, você deve usar. Eu sigo meus princípios, aprendi na medicina que a relação médico-paciente é de fundamental importância no resultado do tratamento. O que acontece se você dá um placebo a um paciente e ele acredita que aquilo vai resolver, vai dar certo. Então eu não posso olhar para um paciente e ver ele andando para uma UTI sem fazer nada”, declarou o prefeito.
Uso de medicações e profilaxia
Segundo o prefeito de São Pedro dos Crentes, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda o uso de Ivermectina a cada 15 dias como profilaxia (prevenção). Já para quem apresenta os sintomas da doença é indicado o uso da Azitromicina combinado com a Hidroxicloroquina ou com a Ivermectina. Os dados do Governo do Maranhão mostram que a cidade teve duas mortes pela covid-19 até o momento, mas conforme o gestor os dois óbitos ocorreram ainda no início da pandemia.
“A gente regulamentou aqui Ivermectina a cada 15 dias. É usado a Azitromicina durante os dias de sintomas e a Hidroxicloroquina também. Ninguém nesse país ouviu falar de alguém que morreu tomando esses remédios. A Cloroquina é uma medicação usada há muitos anos contra malária e nunca se observou morte por conta desse medicamento. No ambiente hospitalar, outras medicações também não têm comprovação, mas quando vai para UTI se usa medicações na terapia com corticoides e ninguém nunca falou mal disso e nunca mandamos um paciente pra UTI. Perdemos dois pacientes bem no começo da pandemia somente”, ressaltou.
Comércio aberto
Lahesio disse ainda que o comércio permanece aberto. “Nós não fechamos nada, respeitamos a população. Aqui estamos na cidade que mais faz orações, se os céticos não acreditam em medicamento, que acreditem em Jesus, pois aqui existe um milagre”, acrescentou.
Escolas e igrejas abertas
O prefeito destacou que não impôs nenhum decreto para conter a circulação de pessoas na cidade, mantendo assim comércio, igrejas e escolas abertas.
“Quando disseram que poderia fazer política nós abrimos as escolas, o Ministério Público nunca veio para cima de mim e o resultado foi muito bom, pois tivemos aulas de setembro até novembro, quando todo o país estava parado e não me arrependo porque contra fatos não existem argumentos. O povo foi para igreja, foi para o comércio e o mais importante quis seus filhos nas salas de aulas”, finalizou o prefeito.
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