A China pode perder mais da metade de sua população daqui a algumas décadas, pois, nos últimos anos, tem enfrentado um declínio populacional. Em 2025, será o terceiro ano consecutivo que o país registrará uma queda no número de habitantes. Por conta disso, o governo chinês anunciou novas medidas para incentivar a natalidade.
Para estimular que os casais tenham filhos, o primeiro-ministro Li Qiang anunciou nesta quinta-feira (05) que o governo oferecerá subsídios às famílias. “Vamos desenvolver serviços integrados de cuidados infantis e jardins de infância”, afirmou o premiê.
Desde a década de 80 até 2015, a China adotava políticas para conter o aumento populacional. Uma delas foi a política do filho único, que determinava que os casais chineses só podiam ter um filho.
A partir de 2015, o governo chinês permitiu que as famílias das zonas rurais tivessem o segundo filho, e, no ano seguinte, a medida também passou a se aplicar aos casais da zona urbana. Em 2021, foi implementada uma política que permitia até o terceiro filho, mas a ação não foi suficiente para conter a diminuição da população, que começou em 2022.
Com esse declínio, em 2023, a China deixou de ser o país com o maior número de habitantes do planeta, ficando atrás apenas da Índia, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda conforme o órgão, a previsão é que até 2100 a população chinesa seja de 700 milhões, ou seja, metade do total atual de habitantes, que é de 1,4 bilhão.
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