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Internacional

Jornalistas brasileiros detidos na Venezuela são soltos

Profissionais estavam no país investigando esquema de corrupção envolvendo a Odebrecht.

  • Foto: Divulgação/FacebookJornalista Leandro Stoliar havia sido preso com seu colega, Gilson SouzaJornalista Leandro Stoliar havia sido preso com seu colega, Gilson Souza

Os dois jornalistas brasileiros da TV Record detidos no último sábado (11), na Venezuela foram liberados, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Eles estavam fazendo uma reportagem sobre denúncias de corrupção sobre a construtora Odebrecht, quando foram detidos pelo Serviço Boliviano de Inteligência Nacional, na Venezuela.

Leandro Stoliar e Gilson Souza, foram presos no sábado (11), no estado de Zulia, no norte da Venezuela. Eles foram detidos junto com dois ativistas venezuelanos, José Urbina e María Jose Túa. Segundo a ONG Transparência Venezuela, os jornalistas brasileiros investigavam denúncias de suborno por parte da construtora Odebrecht no país vizinho.


De acordo com a Veja, o Itamaraty informou que acompanha o caso desde sábado e que acionou a embaixada e o consulado brasileiro em Caracas, para auxiliar os brasileiros. A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) repudiou “veementemente” a ação do governo venezuelano em nota. “Tal decisão é abominável e digna apenas de regimes ditatoriais que não aceitam o livre exercício da imprensa e temem a verdade”, afirma o comunicado. A Abratel informou ainda que todo o equipamento e o material jornalístico produzido pela equipe foram apreendidos.

A Odebrecht é uma das maiores empresas de construção que atua na Venezuela. A agência Bloomberg estima que a empreiteira brasileira tenha assinado cerca de US$ 25 bilhões em contratos para realizar mais de 30 obras no país caribenho. No acordo de leniência assinado entre a Odebrecht e o Departamento de Justiça americano, que se tornou público no fim do ano passado, a construtora confessou ter pago aproximadamente US$ 98 milhões em suborno para funcionários do governo local e intermediários para obter e manter contratos de obras públicas.

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