A expectativa de receber a cantora, Dua Lipa, britânica na capital paulista era grande na noite da última quinta, 8. Afinal, esse era seu primeiro show depois de cinco anos aqui no País. Naquela época, seu nome ainda não era um dos mais famosos e por isso se apresentou na Audio Club, local que abarca cerca de 3 mil pessoas - além de abrir a turnê ‘A Head Full of Dreams’, da banda Coldplay, no Allianz Parque.
Agora, Dua se apresenta no Distrito Anhembi para mais de 30 mil pessoas, as quais cantam a pleno pulmões cada letra do álbum Future Nostalgia. O álbum, que foi lançado em plena pandemia, reimagina a música disco dos anos 80 com letras pessoais que falam de encontros amorosos, paixões enlouquecedoras e angústias de uma jovem adulta.
Às 20h35, os telões mostraram os nomes de cada dançarino que faria um show carregado de performances e muita sensualidade ao ritmo do hit ‘Physical’. Minutos depois, a cantora e sua equipe aparecem com look verde e amarelo, talvez como uma homenagem ao País, e dão início ao show de 1h30. Antes do show, a cantora aproveitou para passear por São Paulo e provar pão de queijo e brigadeiro.
Seguindo a setlist dos outros shows do tour que leva o nome do seu último álbum, o espetáculo foi uma prévia do que está por vir no dia 11 de setembro, domingo, quando a cantora se apresenta como headliner do palco Mundo, no Rock In Rio. E se esse show for metade do que foi em São Paulo, talvez até o Parque Olímpico fique pequeno, como ficou o Distrito Anhembi, para tanta dança e animação.
As performances junto com o colorido dos telões, as mudanças de figurinos - ao todo foram quatro, um mais brilhoso que o outro - e um cubo de luz transformaram um show em uma balada particular, onde todos pulavam, dançavam e cantavam com a diva pop. Os gritos eram tão altos que faziam parecer que seu microfone estava baixo.
Os duetos, tanto com a cantora francesa Angèle, em Fever, quanto com Elton John, em ‘Cold Heart’ tiveram a presença dos famosos através do telão em vídeos gravados. Esse último, aliás, teve uma das partes mais bonitas do show quando Dua e seus dançarinos sentaram no meio do palco segurando a bandeira LGBTQIA+.
As jogadas de cabelo, as danças coreografadas, os desfiles sensuais até a passarela e sua presença de palco fizeram os fãs serem ainda mais devotos da artista pop. Os dançarinos também souberam entreter enquanto a cantora trocava de roupa. Além de danças de patins, coreografias e street dance, perto do final eles até se arriscaram em um samba.
É interessante notar que o álbum foi lançado em março de 2020, uma época de medo e isolamento social, onde tudo era reprimido. Agora, depois de dois anos de espera, como ela mesma disse, o público se permitia viver aquele momento com toda intensidade possível. E Dua também. Era possível ver o suor em sua testa e corpo, assim como a de seus dançarinos que se entregavam em cada canção.
Apesar do provável cansaço, Dua Lipa parecia genuinamente estar se divertindo e não perdia o fôlego apesar de dançar e cantar com pouquíssimas pausas durante o espetáculo. Nas pausas, fazia questão de agradecer ao público por dançar e cantar com ela. Até se arriscou no português com muitos “obrigadas” e até chegou a chamar o público de “gatinhos e gatinhas”, em uma extrema simpatia.
Depois de ‘New Rules’ e pouco antes de ‘Be The One’, um de seus primeiros sucessos, a cantora soltou um sorriso orgulhoso e se emocionou ao ouvir o coro do público: “Isso é inacreditável. Muito obrigada. Eu amo vocês, eu amo vocês!”, repetia ela.
Com mais de três grammys, mais de 21 bilhões de plays no spotify e fãs por todo o mundo, a cantora de apenas 27 anos fez um show com excelente performance, danças e capacidade vocal. O público cantou desde a primeira música, até o fechamento de ‘Don’t Start Now’, single que ficou muito famoso no Brasil graças a Manu Gavassi e sua coreografia da música durante o Big Brother de 2020.
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