Deputados estaduais paulistas do PT protocolaram nesta sexta-feira, 1º, uma representação no Ministério Público Eleitoral contra o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) por realizar propaganda eleitoral antecipada.
Na quinta-feira, durante o 4º Seminário Municipalista, no Palácio dos Bandeirantes, o tucano afirmou que será o candidato do PSDB à Presidência da República após manifestar horas antes que estava fora da disputa. O evento teve a participação de prefeitos e vereadores do Estado de São Paulo e de aliados políticos de Doria.
“Oficialmente, tratou-se de um Seminário Municipalista. Na prática, foi semelhante a um evento de campanha”, diz o documento protocolado pelos deputados Paulo Fiorilo e Emidio de Souza. O texto ainda adiciona que o anúncio de Doria em dizer que será candidato “se trata de um ato de lançamento de pré-candidatura e não de uma agenda oficial do governo.”
Segundo o TSE, a realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou propagandas na internet passa a ser permitida a partir do dia 16 de agosto.
Como apontado pelo Estadão em fevereiro, pré-candidatos a presidente fazem ações pedindo votos, a seis meses do incício oficial da propaganda política. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, usou a cerimônia de 42 anos do PT para pedir votos. "O PT precisa governar de novo", disse. A equipe de Lula disse que a declaração foi genérica e que ele ainda não decidiu sobre candidatura.
"O evento foi um encerramento de um congresso da Associação Paulista de Municípios, uma instituição que nasceu em 1948. A imprensa foi convidada como um ato de transparência", disse o secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo, Marco Vinholi. "Não podemos cercear as autoridades de falarem o que pensam por conta do medo que o PT tem do governador Doria."
A reportagem procurou a assessoria do ex-governador e não houve resposta até o momento da publicação do texto.
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