O governador Wellington Dias comentou, nesta quarta-feira (30), sobre a decisão da deputada Teresa Britto de continuar no PV, mas não integrar a base aliada e, consequentemente, não apoiar os nomes da chapa majoritária. Para Dias, não é necessário levar o caso às Executivas Nacionais do PV e PT, pois tudo pode ser resolvido com diálogo.
“Não compreendo que haja necessidade de recorrer à direção nacional ou a qualquer outra instância. Eu acho que a gente, pelo diálogo, temos chance de resolver os nossos desafios aqui mesmo dentro do Piauí”, afirmou o governador.
Wellington Dias destacou ainda que é necessário recebê-la bem e respeitar as suas posições. “Eu defendo que a gente tem que recebê-la bem, ela tem elo com eleitores que se colocavam ali com as posições dela de vigilante, de crítica em alguns pontos, enfim. E há necessidade da gente saber conviver, respeitar, tratá-la bem”, declarou.
“Eu convivo já há bastante tempo com a deputada Teresa Britto, ainda quando era vereadora e mesmo antes disso atuando também como liderança na igreja católica. O que eu digo é que que de um lado é um prazer muito grande recebê-la para que a gente possa estar aqui com este time num compromisso que é mais do que um ajuntamento de pessoas, na verdade, é uma integração de forças e queremos trabalhar na perspectiva de marcharmos, de caminharmos em uma direção comum”, pontuou Wellington Dias.
Questionado se vai cobrar das lideranças fidelidade com a chapa majoritária que será comandada pelo secretário Rafael Fonteles, Wellington disse que será cobrado o compromisso com o projeto já definido. “A regra de cada partido é a regra de cada partido. O que nós vamos cobrar mesmo é compromisso com o projeto de estado, o compromisso para que a gente possa fazer com que a gente tenha uma evolução, crescer na Educação, na qualidade de vida, na economia, abrindo a oportunidade para outras pessoas”, explicou o governador.
“Da minha parte, eu nunca exigi de ninguém que abrisse mão daquilo que acredita, daquilo que são os seus conceitos. Mas, digo que quando a gente participa de um coletivo há regras, né? A gente vai seguir as regras próprias da federação”, concluiu Wellington Dias.
Entenda o caso
O PV nacional decidiu compor federação juntamente com o PT e PCdoB. Desde então, o destino político da deputada passou a ser uma incógnita porque, no Piauí, Teresa Britto se posicionou como adversária do governador Wellington Dias.
Continuando no PV e integrando a federação, Britto teria que apoiar integralmente o projeto para eleição de Lula para presidente, Wellington Dias para o Senado e Rafael Fonteles para o Governo do Estado. Contudo, ela afirmou que manterá uma postura independente e que não participará da base aliada governista.
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