A eleição para governador do Rio Grande do Sul se encaminha para um segundo turno entre um ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), e um integrante da tropa de choque do bolsonarismo, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL). Por fora, com menos chances, vem Edegar Pretto (PT), ao atrelar sua campanha ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pesquisa Ipec divulgada na sexta-feira aponta Eduardo Leite liderando com 40% dos votos válidos. Onyx tem 30% e Edegar Pretto, 20%.
Segundo o cientista político Bruno Schaefer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), não haveria mais tempo para o petista chegar ao segundo turno. “Apesar do crescimento, a campanha do Edegar não conseguiu fazer com que a vinculação ao Lula pudesse transferir tantos votos, ainda existe a possibilidade, mas acho bastante improvável”, diz.
A eleição mais à direita, para Schaefer, mostra um enfraquecimento do PT e do PDT no Estado. “O PDT e o PT já foram partidos muito fortes no Rio Grande do Sul, mas o PT está desgastado e o PDT já não possui as mesmas dimensões da época de Collares (ex-governador), diminuiu bastante, com isso a direita cresceu e ainda domina o cenário”, diz.
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