A economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% em janeiro de 2025, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira (17). Quando comparado com janeiro do ano anterior, o IBC-Br apresentou uma alta de 3,6% (sem ajuste sazonal). No acumulado de 12 meses, o indicador teve uma variação positiva de 3,8%.
Entenda o IBC-Br, considerado a prévia do PIB:
O IBC-Br é uma estimativa antecipada do Produto Interno Bruto (PIB).
O índice leva em conta o crescimento dos setores agropecuário, industrial e de serviços, com ajuste sazonal, o que possibilita a comparação entre diferentes períodos.
Essa ferramenta é usada pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic) do país.
O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma nação.
Uma alta no IBC-Br indica que a economia está em crescimento, enquanto uma queda significa retração na produção econômica.
Embora seja considerado um indicador importante para prever o PIB, o IBC-Br, muitas vezes, apresenta resultados distintos dos dados oficiais. Além disso, o índice é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para determinar a taxa básica de juros, a Selic.
Expectativas para o PIB de 2025
Economistas projetam uma desaceleração da economia brasileira em 2025, devido aos juros elevados e à inflação ainda em níveis elevados, fatores que continuam a impactar o Governo Lula (PT).
Igor Cadilhac, economista do PicPay, afirmou que a combinação de inflação persistente, juros altos e a consequente restrição das condições financeiras deverão afetar a atividade econômica neste ano. Para ele, “a desaceleração não é apenas inevitável, mas também necessária para corrigir os desequilíbrios econômicos atuais”.
No último Boletim Macrofiscal, o Ministério da Fazenda revisou a previsão de crescimento do PIB para 2025 para 2,3%. O Banco Central, por sua vez, projeta uma expansão de 2,1% para a economia neste ano. Já os analistas do mercado financeiro, ouvidos semanalmente pelo BC no relatório Focus, esperam um crescimento de 1,99% em 2025 e de 1,60% em 2026.
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