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Economia e Negócios

Indústria do Brasil perde força após enchentes no RS, diz PMI

Os dados de maio excluíram as respostas dos entrevistados do Rio Grande do Sul, conforme a pesquisa.

A indústria brasileira perdeu força em maio devido ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, ao fechamento de empresas e a uma demanda menor. Ainda assim, o setor permaneceu em expansão pelo quinto mês consecutivo, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) divulgado nesta segunda-feira (3). O PMI da indústria brasileira, compilado pela S&P Global, caiu para 52,1 em maio, ante 55,9 em abril, mas permaneceu acima da marca de 50, que separa crescimento de contração.

Os dados de maio excluíram as respostas dos entrevistados do Rio Grande do Sul, conforme a pesquisa. Segundo a nota da S&P Global, o PMI ficaria aproximadamente dois pontos mais baixo se fossem consideradas as respostas negativas das empresas diretamente afetadas pelas enchentes, que não puderam participar da pesquisa. Houve uma leve diminuição na confiança empresarial devido às preocupações com o impacto econômico das enchentes, distribuição de insumos, encomendas de clientes e questões fiscais.


As novas encomendas aumentaram em maio, atribuídas pelas empresas à publicidade e ao lançamento de novos produtos. No entanto, a taxa de crescimento foi a mais fraca dos últimos cinco meses, devido à tragédia no Rio Grande do Sul e ao fechamento de empresas. As vendas internacionais cresceram pelo segundo mês seguido, com destaque para os mercados do Canadá, França, Alemanha, Japão, América do Sul e Reino Unido, mas o ritmo de crescimento foi menor em comparação a abril, devido à demanda fraca da África, Argentina, China e Estados Unidos.

A produção das fábricas brasileiras ficou praticamente estagnada em maio, mas a criação de empregos acelerou para o ritmo mais forte em quase três anos, impulsionada pelas expectativas de recuperação da demanda e produção no médio prazo. A pesquisa destacou que, apesar das dificuldades, as empresas estão otimistas quanto à recuperação econômica.

As pressões inflacionárias aumentaram, com os custos atingindo o nível mais alto desde agosto de 2022. Os entrevistados citaram preços mais altos de commodities, fraqueza cambial e aumento dos fretes como os principais fatores. Algumas empresas repassaram esses custos para os clientes por meio de preços de venda mais altos, enquanto outras evitaram fazer isso em maio devido à forte concorrência.

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