Dólar sobe para R$ 6,09 e Banco Central intervém para conter alta da moeda

Na manhã desta segunda-feira (16), o dólar iniciou com forte valorização, alcançando R$ 6,09, pressionando o Banco Central do Brasil a intervir no mercado. A autoridade monetária realizou um leilão à vista de US$ 1,63 bilhão às 9h30, antes de um leilão programado de US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, agendado para as 10h20. A ação inicial conseguiu reduzir a cotação da moeda para R$ 6,04.

O mercado financeiro aguarda dados decisivos nesta semana, incluindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça-feira (17) e a decisão do Federal Reserve sobre os juros nos Estados Unidos, prevista para quarta-feira (18). Além disso, a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira (19), pode trazer novas perspectivas sobre os rumos da economia brasileira.

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No mercado interno, o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, apontou projeções econômicas mais pessimistas. A pesquisa semanal do Banco Central revelou aumento nas expectativas de inflação para 2024 e 2025, além de estimativas de juros mais altos nos próximos anos. A previsão do IPCA para 2024 subiu de 4,84% para 4,89%, acima do teto da meta inflacionária, fixada em 4,5%. Para 2025, a projeção de inflação passou de 4,59% para 4,60%.

O Banco Central, que elevou recentemente a taxa Selic para 12,25% ao ano, sinalizou a possibilidade de novos aumentos no início de 2025. As expectativas para a taxa básica de juros também foram ajustadas para cima, com projeções de 14% ao ano para o final de 2025 e 11,25% ao ano para o fim de 2026. Ao mesmo tempo, o boletim trouxe uma leve melhora na previsão de crescimento do PIB, que agora é de 3,42% para 2024 e de 2,01% para 2025.

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou o dia sem uma direção clara, conjeturando a instabilidade política e econômica. Às 11h, o dólar registrava alta de 0,17%, cotado a R$ 6,0448, enquanto o Ibovespa subia 0,03%, alcançando 124.714 pontos. Apesar da recente alta, a moeda americana acumulou um aumento de 24,36% no ano.