Davi Fernandes
O Governo Federal gastou mais do que arrecadou em julho de 2023, registrando um déficit primário de R$ 35,9 bilhões. Esse foi o segundo pior resultado para o mês desde que o governo começou a medir esse saldo, em 2006. O déficit primário é a diferença entre as receitas e as despesas do governo, sem contar os juros da dívida.
Em julho de 2022, o governo tinha conseguido um superávit primário de R$ 19,7 bilhões (corrigido pela inflação). Isso significa que o governo arrecadou mais do que gastou naquele mês. O melhor resultado para julho foi em 2011, quando o superávit foi de R$ 28,8 bilhões (também corrigido pela inflação).
No acumulado dos sete primeiros meses de 2023, o déficit primário foi de R$ 77 bilhões (corrigido pela inflação), o que representa 1,3% do valor de tudo o que o país produz em um ano (PIB). Em 12 meses, o saldo negativo foi de R$ 97 bilhões, ou 0,95% do PIB. No mesmo período de 2022, o governo tinha registrado um superávit de R$ 78,8 bilhões.
O resultado das contas públicas em julho foi pior do que o esperado pelo mercado financeiro. O Ministério da Fazenda faz uma pesquisa mensal com os analistas do mercado, chamada Prisma Fiscal. A mediana dessa pesquisa estimava um déficit de R$ 6 bilhões para julho. A mediana é o valor que divide a metade superior da metade inferior das estimativas.
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