A Argentina registrou em julho uma inflação anual de 113,4%, a menor desde maio, mas ainda muito alta. A taxa mensal foi de 6,3%, maior do que a registrada em junho. Os dados foram divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina) nesta terça-feira (15), dois dias após as eleições primárias no país.
A inflação anual caiu 2,2 pontos percentuais em relação aos 115,6% registrados em junho. No entanto, a inflação mensal acelerou em comparação com os 6% de junho. Os setores que mais contribuíram para o aumento dos preços foram Comunicação (12,2%), Lazer e Cultura (11,2%), Bebidas Alcoólicas e Tabaco (9%) e Saúde (9%).
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a inflação do país está em 60,2%. Em julho, as províncias que tiveram a maior variação mensal foram Patagônia (7,8%), região Pampeana (6,4%) e Cuyo (6,3%). As províncias que tiveram menor variação foram Noroeste (5,7%), Grande Buenos Aires (5,8%) e Nordeste (5,9%).
Os dados da inflação foram divulgados após as eleições primárias que definiram os candidatos para as eleições legislativas de novembro. O candidato mais votado foi Javier Milei, da coalizão La Libertad Avanza, com 30,06% dos votos válidos. Milei é um economista liberal que defende uma política monetária mais restritiva.
Na tentativa de conter a inflação, o BCRA (Banco Central da Argentina) aumentou a taxa básica de juros do país em 21 pontos percentuais na segunda-feira (14). A taxa Leliq passou de 97% para 118% ao ano. Essa foi a maior alta de juros desde 2019, quando a taxa chegou a 200% ao ano.
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