O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Argentina chegaram a um acordo, nessa segunda-feira (19), sobre a segunda revisão do programa econômico para refinanciar a dívida de US$ 44 bilhões do país sul-americano, que está mergulhado em uma crise, com a inflação anual em quase 80%. O acordo ainda será analisado pelo Conselho Executivo do FMI.
Nas próximas etapas para concretizar o acordo, caso os diretores autorizem, a Argentina poderá receber US$ 4 bilhões, como parte de um programa de refinanciamento, aprovado ainda no dia 25 de março pelo próprio FMI. “A maior parte dos objetivos do programa previstos para 2022 foi cumprida, devido a um aumento das importações”, declarou o chefe da missão para a Argentina do FMI, Luis Cubeddu, em nota divulgada à imprensa.
Ainda conforme Luis Cubeddu, “o exame se concentrou na atualização do marco macroeconômico e nas medidas implementadas para reforçar sua estabilidade e permitir um crescimento duradouro e inclusivo. Neste contexto, combinou-se que os objetivos previstos durante a negociação do plano permanecessem inalterados para 2023", pontuou ele.
O governo argentino trocou duas vezes, nos últimos meses, o titular do Ministério da Economia, pasta que agora é responsabilidade de Sergio Massa, que no dia último dia 12 de setembro foi ao FMI para se reunir com a diretora-gerente, Kristalina Georgieva. Trata-se do décimo terceiro acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno do país à democracia, em 1983. O acordo prevê um reembolso apenas de 2026 a 2034.
Por sua vez, a Argentina se comprometeu com o FMI a aumentar suas reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal, de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 2,5% neste ano, 1,9% em 2023 e 0,9% em 2024.
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