O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, sinalizou em reunião nesta terça-feira, 17, no Tribunal de Contas da União (TCU) um calendário provável para a privatização da Eletrobras caso a corte aprove a venda da estatal. Segundo apurou o Estadão, Sachsida disse a um ministro da corte que a oferta das ações deve ocorrer no próximo dia 25 de maio, com a liquidação prevista para o dia 9 de junho, se o TCU der o sinal verde para a operação.
A retomada do segundo e último julgamento do processo de venda está marcada para essa quarta-feira e a expectativa no tribunal é que seja aprovado pelos ministros. Ele foi adiado por 20 dias.
Recém-empossado no cargo, Sachsida traçou como prioridade máxima garantir a venda da empresa e marcou nos últimos dias uma série de encontros. Por meio da operação, a União diminuirá sua participação na estatal de mais de 60% para cerca de 45% com a oferta de mais ações.
Ministros do TCU alertaram a Sachsida que o julgamento do processo poderia começar do zero se fosse em diante proposta para a Eletrobras antecipar um volume maior de recursos que seriam pagos ao longo de 25 anos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que financia uma série de políticas setoriais, no processo de privatização para baixar a tarifa da conta de luz.
Em contrapartida, a empresa adiaria o pagamento de outorga à União previsto para ser feito à vista na modelagem de desestatização da empresa. Sachsida garantiu que essa medida não será feita. O BNDES avalia que todo o processo de desestatização deve movimentar R$ 100 bilhões.
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