Mesmo com o forte crescimento na arrecadação de tributos federais, as contas do Governo Federal fecharam no vermelho em março. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 6,3 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 20,6 bilhões em fevereiro.
Em março de 2021, o resultado - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – havia sido positivo em R$ 2,039 bilhões. O resultado de março deste ano é o sétimo pior para um mês de março na série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1998.
O déficit do mês passado foi menor que as expectativas do mercado financeiro. A maioria apontava um saldo negativo de R$ 12,70 bilhões, de acordo com levantamento do Estadão junto a 23 instituições financeiras. Nos três primeiros meses do ano, o resultado primário registrou superávit de R$ 49,627 bilhões, o melhor resultado para o primeiro trimestre desde 2012, considerando valores corrigidos pela inflação. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 24,205 bilhões.
Em março, as receitas tiveram alta real de 7,2% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve alta de 13,6%. Já as despesas subiram 13,5% em março, já descontada a inflação. No acumulado de 2022, a variação foi positiva em 7,4%.
Em 12 meses até março, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 15,5 bilhões - equivalente a 0,17% do PIB. A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 170,5 bilhões nas contas do Governo Central, mas a equipe econômica espera fechar o ano com um rombo de R$ 66,9 bilhões, conforme projeção divulgada no último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas.
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