Nos dois primeiros meses de 2022 a Venezuela apresentou índice de inflação inferior ao da Argentina. A informação foi publicada pelo jornal argentino Los Andes, com base em dados do Observatório Venezuelano de Finanças (OVF) – organização independente formada por especialistas.
Segundo o levantamento, o índice de preços ao consumidor subiu 1,7% na Venezuela ante os 3,9% que os especialistas esperam que seja o valor oficial na Argentina. No acumulado de 2022, sempre na mesma medida, a Venezuela soma 6,6% em dois meses ante projeção de 7,8% na Argentina.
No caso do país do ditador Nicolás Maduro, este é o décimo segundo mês em que a OVF aponta uma variação média de preços abaixo de 50%, período que deve passar para um país sair da hiperinflação, seguindo o princípio mais aceita pelos economistas.
A inflação mensal registrada em fevereiro na Venezuela é a sexta cifra consecutiva de um dígito. Tal resultado, segundo a OVF, se explica "exclusivamente pela valorização do bolívar frente ao dólar".
No entanto, o custo alimentar para uma família composta em média por cinco pessoas atingiu 365 dólares em fevereiro, o que representa um aumento de 29% face a fevereiro de 2021.
Quanto a Argentina, mesmo longe dos números estratosféricos que a Venezuela conseguiu registrar em 2021 (686,4%, segundo o Banco Central Venezuelano) e anos anteriores, o limite de 3% ao mês parece muito difícil de artingir o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
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