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Economia e Negócios

PIB do Brasil cresce 4,6% em 2021 e recupera perdas da pandemia

Com o crescimento, a economia conseguiu recuperar as perdas de 2020, provocadas pela pandemia.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Sistema Nacional de Contas, divulgou nesta sexta-feira (04) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,5% no quarto trimestre de 2021, fazendo com que o país fechasse o ano com um aumento de 4,6%, totalizando um valor de R$ 8,7 trilhões.

Com o crescimento, a economia brasileira conseguiu recuperar as perdas de 2020, quando o setor econômico do país foi diretamente afetado pela pandemia da novo coronavírus. O PIB está, inclusive, 0,5% maior em relação ao quarto trimestre de 2019 (período pré-pandemia). Já o PIB per capita brasileiro também aumentou (3,9%) em relação ao ano anterior, alcançando R$ 40,6 mil.


Setor de serviços e indústria puxaram crescimento do PIB

Segundo o IBGE, o crescimento da economia foi alavancado pelas altas nos setores de serviços (4,7%) e da indústria (4,5%), que juntos representam 90% de todo o PIB do Brasil. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% em 2021. Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para o setor de transportes.

As atividades de informação e comunicação também avançaram, cerca de 12,3%, motivadas pela internet e desenvolvimento de sistemas com o isolamento social provocado pela pandemia.

Outras atividades de serviços, aquecidas pelo retorno das atividades, tiveram alta no período de aproximadamente 7%. Além disso, houve crescimento nas áreas do comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).

Indústria

O destaque positivo na indústria foi o desempenho da construção que subiu 9,7% em 2021 logo depois de cair 6,3% em 2020. As indústrias de transformação (4,5%), com maior peso no setor, também cresceram, influenciadas, principalmente, pela alta nas atividades de fabricação de máquinas e equipamentos; metalurgia; fabricação de outros equipamentos de transporte; fabricação de produtos minerais não-metálicos; e indústria automotiva.

As indústrias extrativas avançaram 3,0% devido à alta na extração de minério de ferro.

Queda

As atividades que não cresceram foram eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que teve variação negativa de 0,1%, indicando uma estabilidade.

Estiagem e geadas prejudicaram a agropecuária

A agropecuária, que havia crescido em 2020, recuou 0,2% em 2021, em decorrência da estiagem prolongada e de geadas. Apesar do crescimento anual da produção de soja (11,0%), culturas importantes da lavoura registraram queda na estimativa de produção e perda de produtividade em 2021, como a cana-de-açúcar (-10,1%), o milho (-15,0%) e o café (-21,1%).

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