O dólar iniciou as negociações desta segunda-feira, 22, em alta, de cerca de 0,5%, cotado a R$ 5,51, reagindo ao fortalecimento no exterior da moeda americana ante divisas de países emergentes. A lira turca sofre violenta queda, após uma inesperada troca de comando no Banco Central da Turquia no fim da semana passada.
O catalisador foi a decisão do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de tirar o presidente do BC local, Naci Agbal, na última sexta-feira - o terceiro presidente do BC desde 2019 -, após a autoridade monetária ter aumentado os juros além do esperado pelos analistas de mercado.
Um ajuste de alta frente o real é esperado também após a queda de 1,51%, a R$ 5,4853 na sexta-feira. Apenas na sexta, com o exterior ameno, os investidores precificaram a decisão do Banco Central tomada na quarta à noite, de subir os juros em ritmo mais forte, de 0,75 ponto, a 2,75% ao ano. Operadores relataram entrada de fluxo externo, com a visão de que o BC pode elevar os juros em até 1 ponto porcentual em maio, além de desmonte de posições defensivas. Com isso, o dólar acumulou queda de 1,34% na semana passada, a segunda consecutiva de baixas. Mas no ano ainda sobe 5,7%.
A moeda dos Estados Unidos acumula valorização superior a 5% em 2021. Porém, na comparação com o início de 2020, a variação supera 35%. O patamar atual, porém, não é o mais alto em termos nominais, quando não se desconta a inflação. O recorde foi alcançado em 14 de maio: R$ 5,9718.
Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado perto de R$ 5,75.
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