Aversão ao risco nos mercados globais e a preocupação com o quadro fraco de atividade, de inflação alta e risco fiscal no Brasil, fazem o Ibovespa cair e o dólar subir nesta quarta-feira, 6. O principal índice da Bolsa brasileira chegou a cair para os 108 mil pontos e a cotação da moeda americana passa de R$ 5,50.
Às 13h10 o Ibovespa recuava 1,25%, chegando aos 109.097,25pontos. O dólar tinha avanço de 0,64%, atingindo R$ 5,5201.
O desempenho fraco dos ativos no País é associado à escalada inflacionária, que afetou diretamente os setores ligados à renda, como o de supermercados, como mostra o resultado das vendas do varejo de agosto, e já acende um alerta para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, um dia depois de a produção industrial também decepcionar.
Pelo lado fiscal, o mês de outubro avança até agora sem uma solução para o pagamento de R$ 89 bilhões em precatórios e, pior, cresce a perspectiva de aumento de gastos com a proximidade do período eleitoral. Na terça-feira, 5, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, admitiu que o Congresso pode discutir a prorrogação do auxílio emergencial.
O Ibovespa esteve durante toda a manhã nos 108 mil pontos, arrastado por ações de consumo, Petrobras, bancos e siderúrgicas, mas a Vale ainda se sustentava no azul no começo da tarde.
No exterior, investidores estão desconfortáveis com o impasse em torno do teto da dívida nos Estados Unidos, depois que o presidente Joe Biden cogitou alterar regra para tentar evitar um default.
Na Europa, a crise energética se aprofunda, com o preço do gás natural renovando recorde e levando a União Europeia a sugerir aos membros do bloco a aplicação de subsídios. As Bolsas por lá fecharam com quedas acentuadas e, em Nova York, os índices acionários estão no vermelho e o dólar sobe. O petróleo operava em baixa, pressionado também pelo aumento nos estoques nos EUA.
Ver todos os comentários | 0 |