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Economia e Negócios

Brasil fecha 10.984 vagas formais de trabalho em junho, diz IBGE

Em junho, foi registrada a menor perda de empregos desde o início da pandemia, com 10,9 mil vagas fechadas; entre março e junho, porém, número de vagas fechadas supera 1,5 milhão.

Com queda nas demissões e aumento nas contratações, o mercado de trabalho registrou em junho a menor perda de vagas desde a chegada da pandemia de covid-19 no Brasil, em março. Houve um fechamento líquido de 10.948 de empregos com carteira assinada em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Ministério da Economia. Entre março e junho, porém, a perda de empregos formais chegou a 1,539 milhão. No acumulado primeiro semestre, o saldo do Caged ficou negativo em 1,198 milhão de vagas, o pior desempenho para o período da série histórica iniciada em 2002.

Em maio, a perda havia sido de 350.303 vagas, sucedendo o fundo do poço de abril com fechamento de 918.296 postos de trabalho, e a destruição de 259.917 vagas em março. Os dados de meses anteriores foram atualizados hoje pela pasta. Entre março e junho, a perda de empregos formais para a pandemia chegou a 1,539 milhão.


O resultado de junho decorre de 895.460 admissões e 906.444 demissões. O volume representa um acréscimo de 24% nas contratações e uma queda de 16% nos desligamentos em relação a maio. Ainda assim, esse foi o pior resultado para o mês desde 2016, quando o saldo líquido foi negativo em 91.032 vagas. Em junho de 2019, houve a abertura de 48.436 vagas com carteira assinada.

O mercado esperava um desempenho bem pior para o mês passado. O resultado de junho ficou distante do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de fechamento líquido de 385.705 a 118.000 em junho, com mediana negativa de 195.193 postos de trabalho.

Setores e regiões

O fechamento líquido de 10.984 vagas de trabalho com carteira assinada em junho foi atenuado pelos bons desempenhos da agropecuária e da construção civil no mês passado. Mesmo com a pandemia de covid-19, houve um saldo positivo de 36.834 contratações no campo. Na construção civil, foram recuperadas 17.270 vagas no mês passado.

Mais uma vez, o setor de serviços liderou o fechamento de postos de trabalho formais no mês, com a eliminação de 44.891 vagas. Houve perdas em transporte e armazenagem (-8.311), alojamento e alimentação (-35.340, administração pública (-6.019) e outros (-7.524). Já os serviços de informação e atividades financeiras registraram aumento de 12.298 vagas em junho.

O segundo maior saldo negativo ocorreu no comércio, com o fechamento de 16.646 vagas no mês passado. Já a indústria geral perdeu 3.545 vagas fechadas. Houve destruição de postos de trabalho na indústria de transformação (-2.510), em atividades de utilidade pública (-1.327) e eletricidade e gás (-341). Já a indústria extrativa mineral somou 633 novas vagas.

Em junho, 18 Estados registraram resultado positivo e apenas nove tiveram saldo negativo. Entre as regiões, Norte, Centro-Oeste e Sul tiveram abertura líquida de vagas, enquanto Sudeste e Nordeste continuaram a perder empregos.

O melhor resultado foi registrado em Mato Grosso com a abertura de 6.709 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi do Rio de Janeiro, que em junho registrou o fechamento de 16.801 vagas.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada caiu de R$ 1.741,73, em maio, para R$ 1.696,22 em junho.

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