A economia brasileira criou 313.564 empregos com carteira assinada em setembro, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Ministério da Economia. O resultado de setembro decorreu de 1.379.509 admissões e 1.065.945 demissões.
O terceiro resultado positivo consecutivo no Caged foi impulsionada pelo bom desempenho da indústria geral no mês passado. O setor liderou a criação de vagas com 110.868 postos formais, mais de um terço do saldo positivo no mês.
Os serviços recuperaram 80.481 vagas no mês passado enquanto houve um saldo positivo de 69.239 contratações no comércio. Setembro registrou ainda abertura líquida de 45.249 empregos formais na construção civil e de 7.751 vagas na agropecuária.
Em setembro, todas as unidades da federação tiveram resultado positivo no Caged. Em termos absolutos, os maiores saldos no mês foram registrados em São Paulo (75.706), Minas Gerais (28.339) e Santa Catarina (24.827).
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.740,63, em agosto, para R$ 1.710,97 em setembro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado do Caged. “Esse foi o melhor ritmo de criação de emprego para qualquer mês de setembro da história. Todos os setores da economia e todas as regiões do Brasil criaram novos empregos. Isso configura o fenômeno da volta em 'V' da economia. Mesmo o setor de serviços criou 80.481 empregos no mês.”
Nos quatro meses de auge da pandemia de covid-19 (de março até junho), o Caged registrou 1,595 milhão de demissões líquidas. Entre julho e setembro, 697.296 postos formais foram recriados, uma recuperação de 43,73%. “Não só estamos criando empregos há três meses seguidos, mas em ritmo crescente. Mais de 100 mil em julho, mais de 200 mil em agosto e mais de 300 mil em setembro”, disse.
Guedes destacou ainda que a perda acumulada de empregos em 2020 é menor que a verificado em 2015 e 2016, na última recessão antes da pandemia. No acumulado do ano até setembro, o saldo do Caged ficou negativo em 558.597 vagas, o pior desempenho desde 2016, quando foram fechados no período 683.597 postos.
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