Os deputados iniciaram na noite desta terça-feira, 6, a discussão da votação do texto da reforma da Previdência em segundo turno. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu a sessão perto das 19h15 e, na sequência, foram votados requerimentos de retirada de pauta e de adiamento da discussão. Todos foram derrubados. Até o momento há cinco destaques supressivos registrados no sistema da Câmara. Um do PSOL, um do PCdoB, dois do PDT e um do Novo.
Antes de abrir a sessão de votação, os deputados aprovaram um requerimento para quebrar o interstício, prazo regimental exigido de cinco sessões de plenário entre a votação do primeiro e do segundo turnos. A votação foi simbólica. O procedimento foi necessário, pois não houve quórum suficiente para a realização da sessão de segunda-feira, 5, logo, o prazo regimental acabaria somente nesta quarta-feira, atrasando o processo. A perspectiva é que os deputados finalizem ainda nesta terça-feira, 6, a votação do texto-base e iniciem a análise dos destaques. Nesta fase, só são admitidos destaques supressivos, que podem retirar trechos da proposta aprovada no início de julho.
Maia afirmou na tarde desta terça-feira estar confiante de que a Casa concluirá a votação da reforma da Previdência até a noite de quarta e que poderá encaminhar o texto ao Senado já na quinta-feira. Ele disse acreditar também que o placar será semelhante ao obtido no primeiro turno, quando 379 deputados votaram a favor e apenas 131 foram contra, e que não haverá mudanças no texto.
O presidente da Câmara afirmou que está organizando a votação dos destaques supressivos que serão apresentados pela oposição com os líderes partidários. Para que um destaque seja derrubado, serão necessários 308 votos.
Mais cedo, o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast Político que a votação do texto nesta segunda fase deve ser encerrada até meia-noite. “A ideia é votarmos o segundo turno até meia-noite e até a madrugada, quantos destaques conseguirmos”, afirmou.
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