Nesta quarta-feira (17), o ministro da Defesa, Raul Jungmann afirmou que a reforma da previdência para os militares incluírá idade mínima, porém, o regime deverá ser diferenciado. “Deve haver uma idade mínima. Se deve fixar uma idade mínima para militares”, disse o ministro em café da manhã com correspondentes estrangeiros.
Segundo o ministro, para se aposentarem, os militares precisam estar em boas condições físicas, e por isso a categoria seria diferente. “Do militar se exige uma plena capacidade”, explicou.
Ainda segundo o ministro, as Forças Armadas são uma carreira diferenciada, o que exige a necessidade de uma Previdência diferente. “O contrato do militar é diferente do civil. É isso que estamos defendendo, ninguém quer privilégio. A diferença não é privilégio”, defendeu Jungmann.
"O militar não têm Previdência. O civil faz greve, o militar não. O civil pode se sindicalizar, o militar não pode. O civil tem FGTS, o militar não têm. O militar não pode ter segunda atividade, a dedicação é absolutamente exclusiva. O civil tem direito de protestar, reivindicar, se expressar, se organizar politicamente, o militar não tem".
- Foto: J. Duran Machfee/Estadão ConteúdoRaul Jungmann
Na reforma da Previdência, a idade mínima estabelecida para trabalhadores da iniciativa privada e os demais servidores públicos, ficou estabelecida em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.
Nesta quinta-feira (18), o Conselho Militar de Defesa irá se reunir para discutir o assunto e tentar chegar a um consenso sobre qual seria essa idade mínima.
A proposta estava prevista para ser enviada ainda neste mês, mas só deverá chegar ao Congresso após a reforma geral da Previdência for aprovada na Câmara dos Deputados.
De acordo com a Exame, as Forças Armadas não estavam na proposta inicial da reforma. Atualmente, os militares se aposentam com salário integral, sem idade mínima e com 30 anos de contribuição.
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