O Palácio do Planalto emitiu um comunicado, nessa sexta-feira (11), informando que a rede de computadores foi infectada por um vírus no dia 1° de novembro de 2022, ou seja dois dias após o segundo turno das eleição presidencial, que elegeu o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República Federativa do Brasil.
Segundo o informe do Palácio do Planalto, o ataque foi detectado por ferramentas de segurança da Diretoria de Tecnologia da Secretaria Especial de Administração da Presidência da República. Contudo, o vírus não teria vazado nenhuma informação que comprometesse o sistema. O ataque aconteceu com uma técnica chamada de phishing, um crime que geralmente tem o intuito de capturar informações confidenciais por meio da internet.
Ainda conforme o divulgado pelo Palácio do Planalto, os arquivos institucionais ficam guardados em outro servidor no Centro de Dados da Presidência da República. Além disso, a política de segurança prevê uma cópia segura constante dessas informações.
“As máquinas afetadas têm passado por reparo dos sistemas operacionais pela área técnica responsável”, comunicou. Por fim, a nota informou que o Planalto orienta seus funcionários a terem precaução na abertura de links suspeitos recebidos por e-mail.
MPF pediu investigação sobre o caso
Após o ocorrido, o Ministério Público Federal (MPF) pediu oficialmente a abertura de uma investigação a fim de apurar o caso. O órgão ministerial alegou a “falta de transparência” em relação à formatação dos computadores, danificação ou à exclusão de arquivos, vazamento de informações e perda de dados públicos.
“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas. Bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências”, solicitou o MPF.
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