O Partido Comunista da China (PCC) anunciou na última segunda-feira, dia 29, seus planos de levar astronautas à Lua antes de 2030, estabelecendo assim uma nova corrida espacial em oposição aos Estados Unidos e seus aliados. Durante uma coletiva de imprensa, o PCC não definiu uma data específica, mas expressou seu compromisso com uma "curta estadia na superfície lunar e exploração conjunta humano-robótica".
Lin Xiqiang, vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, explicou que o país já possui uma estação espacial humana completa próxima à Terra, além de um sistema de transporte humano de ida e volta. Xiqiang afirmou que já estão em andamento os processos de seleção, treinamento e apoio aos novos astronautas, e que um cronograma de duas missões tripuladas por ano seria suficiente para alcançar os objetivos propostos.
Enquanto isso, a China continua avançando em suas missões espaciais. Na terça-feira, dia 30, a agência espacial do país lançou uma nova tripulação à sua estação espacial em órbita, batizada de Tiangong. A estação, concluída em novembro de 2022, receberá um quarto módulo em breve para melhorar as condições de trabalho e vida da tripulação, além de promover experimentos científicos.
A nave de lançamento, Shenzhou 16, transportará três astronautas, incluindo o primeiro civil a participar de uma missão espacial chinesa. Durante os últimos seis meses, os astronautas que compõem a nova tripulação realizaram experimentos e montaram equipamentos dentro e fora da estação espacial. Entre os membros estão Gui Haichao, professor do principal instituto de pesquisa aeroespacial de Pequim, o comandante da missão Jing Haipeng e o engenheiro de espaçonaves Zhu Yangzhu, especialista em carga útil.
Ver todos os comentários | 0 |