A Apple, preocupada com possíveis vazamentos de dados sigilosos, restringiu o uso do ChatGPT e de outras plataformas de IA entre seus funcionários. Documentos obtidos pelo The Wall Street Journal revelaram nesta sexta-feira (19) que a empresa também orientou seus colaboradores a não utilizarem o Copilot, do GitHub, para automatizar a produção de código de software.
Os projetos relacionados à inteligência artificial da Apple são liderados pelo vice-presidente sênior da empresa, John Giannandrea, ex-funcionário do Google. Desde sua contratação em 2018, Giannandrea e o diretor-executivo Tim Cook têm adquirido várias startups de IA para impulsionar a pesquisa e desenvolvimento nessa área.
O temor em relação à proteção de informações confidenciais baseia-se no funcionamento das ferramentas como o ChatGPT. Sua capacidade de responder a perguntas, redigir textos e buscar informações na internet emula comportamentos humanos, exigindo que as informações fornecidas pelo usuário sejam enviadas de volta aos servidores para aprimorar e atualizar o sistema. Recentemente, a OpenAI, empresa responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT, introduziu um "modo incógnito" que não armazena o histórico da conversa e pode ser ajustado pelo usuário.
Além da Apple, outras empresas também têm demonstrado preocupações em relação ao uso do ChatGPT. A JPMorgan Chase e a Verizon já proibiram sua utilização este ano. Essas restrições destacam a importância de salvaguardar informações sensíveis e proteger a propriedade intelectual à medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais presente nas operações corporativas.
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