A Volkswagen e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram acordo de cooperação para possíveis fontes de financiamento aos projetos da montadora em carros movidos a biocombustível, como o etanol. O projeto é visto no mercado como uma “ponte” para a eletrificação dos veículos, que deve demorar mais para chegar ao Brasil.
Além de apoio financeiro ao desenvolvimento de soluções de mobilidade consideradas sustentáveis, o banco de fomento pode trabalhar na estruturação de instrumentos financeiros para captação de recursos no mercado de capitais.
Segundo Bruno Aranha, diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, o memorando assinado com a Volkswagen é o primeiro do tipo na indústria automotiva e faz parte da agenda de descarbonização da instituição.
Segundo o presidente da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, os projetos da montadora estão alinhados com os pilares do BNDES de sustentabilidade. “Fico feliz que o Brasil tenha política pública baseada em energia renovável. Estamos falando em gerar conhecimento que vai ficar no Brasil e gerar emprego, porque as soluções que vamos desenvolver não serão apenas para a produção de motores flex no Brasil. A intenção é também exportar tecnologias.”
Transição
O entendimento da montadora é de que a transição rumo ao carro elétrico não vai acontecer na mesma velocidade em todas as partes do mundo, de modo que motores convencionais seguirão sendo produzidos em mercados onde a substituição de tecnologia levará mais tempo.
O papel do Brasil seria desenvolver nesses mercados, que em grande parte usam gasolina, soluções mais limpas, fazendo uma “ponte” para a futura adoção de veículos elétricos ou híbridos.
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