A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou todas as cervejas da Cervejaria Backer com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020. A decisão ocorre após uma nova divulgação de análises feitas pelo Ministério da Agricultura, que comprovou a contaminação pelas substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol em 21 lotes de oito marcas diferentes de cerveja da empresa.
A medida, segundo a agência, é preventiva e está baseada na investigação epidemiológica das vigilâncias sanitárias de Belo Horizonte e de Minas Gerais e nos laudos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais e do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura.
"Os resultados das análises apontaram que a fonte de contaminação nas cervejas da marca pode ser sistêmica e não apenas pontual, ou seja, pode não estar restrita aos lotes específicos que já foram analisados", disse em nota a Anvisa. Por essa razão, a agência decidiu pela medida cautelar para os lotes fabricados no mesmo período de tempo daqueles que já tiveram sua contaminação comprovada por laudos.
O objetivo, explicou o órgão, é interromper o risco aos consumidores da marca. "A interdição será mantida até que a empresa comprove a ausência de dietilenoglicol e monoetilenoglicol nas suas cervejas."
A orientação dada pela Anvisa é para que estas cervejas não sejam consumidas caso já tenham sido adquiridas. Os comerciantes devem retirar o produto das prateleiras, reforçou o órgão. A empresa será notificada para que veicule mensagem com orientação sobre a devolução dos produtos.
Em nota, a Backer disse que segue colaborando com as autoridades e vai respeitar a determinação da Anvisa.
Ver todos os comentários | 0 |