Fechar
GP1

Ciência e Tecnologia

Com presidente do Chile, Bolsonaro anuncia encontro para discutir Amazônia

Bolsonaro afirmou que o encontro acontecerá no dia 6 de setembro, na cidade de Letícia, na Colômbia; países devem discutir uma "política única" de meio ambiente e exploração da região.

Ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que haverá um encontro dos países amazônicos em Letícia, na Colômbia, para discutir uma "política única" sobre a preservação do meio ambiente e regras para exploração na região. A reunião está prevista para ocorrer no dia 6 de setembro. Bolsonaro não especificou quais países vão participar do encontro, mas deixou claro que a Venezuela ficará de fora.

Ele também voltou a criticar o presidente francês, Emmanuel Macron. "O que ele (Macron) fez no tocante ao Brasil, primeiro ao ofender presidente da República eleito democraticamente e depois relativizar nossa soberania, isso despertou sentimento patriótico do povo brasileiro e de outros países da América do Sul. No dia 6 de setembro estaremos reunidos com esses presidentes, exceto da Venezuela, para discutir uma política única nossa de preservação do meio ambiente e exploração de forma sustentável", disse.


Bolsonaro afirma que "houve aproveitamento por parte do Macron para "se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa única e exclusiva interessada em defender o meio ambiente". "Essa bandeira não é dele, é nossa, é do Chile, é de muitos países do mundo", declarou Bolsonaro após encontro com Piñera, no Alvorada. Macron e Bolsonaro vem trocando acusações desde a semana passada.

O presidente chileno passou pelo Brasil rapidamente após participar como convidado da reunião do G-7, que ocorreu na França. Segundo Bolsonaro, Piñera levou a posição do Brasil aos países do G7 "com muita maestria e companheirismo". Hoje, em reunião no Palácio da Alvorada, o Chile ofereceu quatro aeronaves para ajudar o Brasil no combate ao fogo na Amazônia. Bolsonaro aceitou.

Em conversa com jornalistas, Piñera destacou que muitos países querem colaborar com o Brasil. Sobre a quantia de 20 milhões de dólares oferecida pelos países do G7, ele considerou que "cada país saberá qual colaboração quer receber e qual não quer". Piñera estava ao lado de Macron no dia do anúncio da ajuda.

Bolsonaro acusa a França e a Alemanha de estarem comprando o Brasil "à prestação". Também disse que "essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda". Confrontado com a informação de que Macron é visto na França como alguém de centro, Bolsonaro respondeu: "para mim não". "A gente sabe que ele é de esquerda por causa do comportamento."

O presidente brasileiro também afirmou que pretende aceitar apoio de alguns países de forma bilateral. "Falei que Alemanha e França estavam comprando à prestação o Brasil, deixei bem claro, e quando vocês olham o tamanho do Brasil, oitava economia do mundo, parece que 20 milhões de dólares é o nosso preço. o Brasil não tem preço... 20 milhões ou 20 trilhões é a mesma coisa para nós. Qualquer ajuda, de forma bilateral, podemos aceitar, até porque no futuro podemos ajudar outro país", disse.

Questionado se mantém o posicionamento de que Macron teria que se retratar, Bolsonaro disse que sim. "No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e relativizar a soberania da Amazônia, somente após ele se retratar do que falou podemos conversar."

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Fumaças de incêndios na Amazônia chegam ao Uruguai

Itamaraty aceita ajuda de 10 milhões de libras do Reino Unido para Amazônia

Governadores querem tirar BNDES do Fundo Amazônia

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.