A Amazon Brasil iniciou, neste mês, o encerramento do home office e implementou jornadas totalmente presenciais para cerca de 18 mil funcionários no país. A decisão segue uma diretriz global estabelecida pela matriz da empresa nos Estados Unidos em setembro do ano passado, que determinou o retorno aos escritórios cinco dias por semana.
A mudança não significa o fim absoluto do trabalho remoto para todos os colaboradores, já que a Amazon destacou que continuará avaliando projetos individualmente. Em nota, a empresa afirmou que está adotando um retorno gradual, respeitando as particularidades locais e as necessidades de cada equipe e gestor: “Atualmente, a empresa está retornando de acordo com suas possibilidades estruturais locais, em conjunto com os funcionários e seus gestores, para casos particulares”.

No Brasil, a gigante do e-commerce mantém uma infraestrutura robusta, com dez centros de distribuição espalhados por sete cidades, diversas estações de entrega e um escritório corporativo em São Paulo. Além do varejo online, a Amazon também gerencia data centers e centros de tecnologia no país. O escritório em São Paulo está localizado em um prédio na região da Vila Olímpia, ao lado do Shopping JK.
Reestruturação operacional e novos investimentos
Em paralelo a essa mudança nas políticas de trabalho, a Amazon Brasil está passando por uma reestruturação operacional e anunciou planos de contratação para este ano. A empresa pretende contratar 480 novos profissionais para áreas estratégicas como tecnologia, finanças, marketing, recursos humanos e cadeia de suprimentos, que inclui processos ligados à produção e à distribuição de produtos.
Recentemente, a Amazon também anunciou uma redução nas taxas de comissão para os serviços logísticos prestados aos vendedores parceiros, uma medida que tem como objetivo atrair mais lojistas para a plataforma e melhorar a experiência de compra dos consumidores. A redução, que pode chegar a até 3%, é uma estratégia da empresa para se recuperar da crescente concorrência no mercado brasileiro, especialmente com o aumento da presença de rivais asiáticos como a Shopee. No ano passado, a Shopee ultrapassou a Amazon e se tornou o segundo marketplace mais acessado do Brasil, ficando atrás apenas do Mercado Livre.
Concorrência no mercado de e-commerce
Em dezembro, o Mercado Livre concentrou 13% dos acessos às plataformas digitais de e-commerce no Brasil, enquanto a Shopee ficou com 8,7% e a Amazon com 7,4%, somando 209,2 milhões de visitas no período.
Ver todos os comentários | 0 |