A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar possíveis irregularidades na nomeação de três ministros do Governo Lula para o Conselho de Administração da Tupy, uma metalúrgica com ações negociadas na Bolsa de Valores. As informações são da Folha de S.Paulo.
Os ministros Carlos Lupi (Previdência Social), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Vinicius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União) são alvo da apuração, pois, segundo a CVM, deveriam ter solicitado um parecer formal sobre um possível conflito de interesses antes de assumirem os cargos na empresa.

No próximo dia 24, a comissão decidirá se abre um processo por violação ética. Paralelamente, a Casa Civil informou que a Comissão de Ética Pública (CEP) avaliará se há necessidade de instaurar um procedimento formal contra os ministros, o que poderia resultar em uma eventual censura ética.
Embora seja uma empresa privada, a Tupy tem forte influência do governo federal, já que recebe aportes da BNDESPar e dos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil) e Petros (Petrobras).
Além disso, a empresa é conhecida por oferecer altos salários a seus conselheiros. Em 2024, os membros do Conselho de Administração receberam, ao todo, R$ 4,28 milhões em remuneração, o que representa uma média de R$ 39 mil por mês para cada um. Também foram pagos R$ 1,77 milhão em participações nos comitês internos da companhia.
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