O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, agendou para o dia 25 de março o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A denúncia foi incluída na pauta da Primeira Turma do STF após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, liberar os autos para julgamento pelo colegiado nesta quinta-feira (13).
A denúncia apresentada pela PGR envolve o ex-presidente Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de envolvimento em ações que visariam subverter a ordem democrática no Brasil. Em manifestação recente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que Bolsonaro e seus aliados fossem formalmente declarados réus no inquérito relacionado ao episódio.

Além de Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, a Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. O julgamento terá como foco as denúncias contra, além de Bolsonaro, os seguintes acusados: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Todos os denunciados negam envolvimento nas irregularidades apontadas.
A defesa do ex-presidente tem questionado a denúncia da PGR desde o início. Os advogados argumentaram que o caso deveria ser julgado pelo plenário do STF, e não pela 1ª Turma, solicitando que os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino fossem afastados da análise, alegando que ambos possuem histórico de desavenças com Bolsonaro e vínculos com a oposição política, devido à proximidade com o presidente Lula.
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