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Setor de biocombustíveis rebate Lula e nega impacto no preço dos alimentos

Julio Cesar Minelli, diretor-superintendente da Aprobio informou que Lula repassou informações erradas.

Após a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o uso da soja para biodiesel e do milho para etanol poderia estar pressionando a alta dos preços dos alimentos, empresários do setor de biocombustíveis rebateram suas falas e afirmaram que o presidente tem repassado informações equivocadas.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Julio Cesar Minelli, diretor-superintendente da Aprobio, associação que representa os produtores de biodiesel, afirmou que não há muito o que explicar sobre essa dinâmica. “Ele acabou tendo informações atravessadas e as colocou sem maior reflexão, mas tenho certeza de que as informações corretas já devem ter chegado a ele”, disse.


Foto: Facebook/LulaLula
Lula

Minelli também destacou que o setor pode, na verdade, contribuir para a redução do preço de alguns alimentos, como a carne, uma vez que, ao processar a soja para a fabricação de óleo utilizado como biocombustível, 80% do produto resultante é farelo, essencial para a alimentação de gado. “O setor está muito tranquilo, pois não é o causador do aumento dos preços, já que todas as informações que passamos para o governo e para a sociedade apontam exatamente o contrário”, pontuou.

Entenda o caso

Na semana passada, em uma entrevista, o presidente Lula sugeriu que o uso da soja para biodiesel e do milho para etanol poderia estar pressionando os preços dos alimentos. Ele afirmou que pretende chamar empresários do setor para esclarecer o motivo da alta do óleo de soja, que, segundo ele, custava R$ 4 no início de seu governo e agora está em R$ 10.

“Eu não tenho outra coisa a não ser chamar os produtores de soja para saber. Quero saber se a soja para o biodiesel está criando problema, se o milho para o etanol está criando problema”, afirmou o presidente.

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