Felipe Batista Ribeiro, mais conhecido como “Anjinho”, membro de alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi condenado a 21 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte), tráfico de drogas e porte ilegal de armas. No entanto, sua fuga de uma prisão no Amazonas para São Paulo em 2021 gerou controvérsia.
Em agosto de 2021, Anjinho apresentou à Justiça um laudo médico que indicava um tumor cerebral terminal. Com base nesse documento, o Tribunal de Justiça do Amazonas autorizou sua prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica. Contudo, de acordo com o delegado Fernando César de Souza, responsável pelo caso, o criminoso fugiu logo em seguida para o estado de São Paulo. “Ele fugiu em seguida”, afirmou o delegado em entrevista ao site Metrópoles.
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Em 3 de fevereiro de 2025, Anjinho foi finalmente capturado em Osasco, São Paulo, onde estava escondido em um apartamento com sua esposa, Jacklyne Karma Barbosa Pedroso. Durante a operação realizada por policiais civis da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas, a polícia subiu ao 12º andar de um prédio com fuzis e escudos táticos para capturá-lo. Ao ser preso, Anjinho não apresentou os sintomas da doença terminal que havia alegado em 2021.
Antes de ser localizado, a Polícia Civil de São Paulo fez um trabalho de vigilância nas áreas de limite entre a capital paulista e Osasco, com o intuito de confirmar sua identidade e descobrir onde o foragido se encontrava. Durante a invasão do imóvel, o casal foi encontrado em um quarto simples, que possuía até um varal com roupas secando.
A operação também revelou a presença de outros dois indivíduos na residência, um senhor e um jovem, que não foram detidos. Felipe era apontado pelas autoridades como uma figura chave na liderança do PCC na Região Norte do Brasil, sendo responsável pelo tráfico de drogas da facção criminosa.
A Polícia Civil do Amazonas agora planeja realizar uma perícia no laudo médico que possibilitou a prisão domiciliar de Anjinho. O delegado responsável pela investigação, no entanto, ainda não confirma se o documento apresentado é falso. "Se o laudo é falso, não posso afirmar. Só a Polícia Civil do Amazonas pode falar, porque o processo é de lá", declarou.
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