Fechar
GP1

Brasil

Vale contamina indígenas no Pará, acusa Ministério Público Federal

Na ação de acusação, o MPF solicitou tratamento médico imediato para descontaminação dos indígenas.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa a mineradora Vale, a União e o Estado do Pará de contaminar indígenas com metal pesado, na terra Xikrin do Cateté, localizada no Pará. A instituição protocolou a ação de acusação na última sexta-feira (21).

Na ação, o MPF aponta responsabilidade objetiva da Vale. Segundo Rafael Martins da Silva, procurador da República, os empreendimentos da empresa na região, como a mina Onça-Puma de exploração de níquel, estariam contaminando os rios Cateté e Itacaiúnas, que atravessam a Terra Indígena.

Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilMineradora Vale
Mineradora Vale

“A contaminação dos indígenas Xikrin do Cateté vem sendo denunciada por instituições e pesquisadores e está amplamente comprovada por análises técnicas. Esses estudos revelam a presença alarmante de substâncias tóxicas como chumbo, mercúrio, bário, lítio e manganês nos organismos dos indígenas, impactando diretamente sua saúde e qualidade de vida”, diz o MPF em nota.

Pedidos do MPF

Na ação, o MPF pede à Justiça que determine o acesso imediato a tratamento médico para descontaminação, com consultas, exames, medicamentos, tudo custeado pela Vale. Além disso, exige implementação de um programa de monitoramento contínuo da saúde dos indígenas da região.

Por fim, o órgão ministerial insta a União e o estado do Pará a garanti suporte técnico e administrativo e fiscalizar as condicionantes ambientais.

O que diz a Vale

Em nota enviada à imprensa, a Vale argumentou que laudos judiciais elaborados por peritos “concluíram que as operações da companhia não são fonte de contaminação do rio Cateté, não tendo relação com a situação alegada pelo MPF”.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2025 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.