Nesta segunda-feira (17), o Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF) criou o Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco Nacional). A estrutura já existe desde 1990 nos órgãos estaduais. Em 2020, o MPF adotou esse formato de grupo especial para combater o crime organizado, contudo, nas Procuradorias da República de cada estado.
Com a criação da nova estrutura, o órgão tem a função de dar suporte técnico e operacional às investigações conduzidas pelos Gaecos estaduais, podendo ser acionado em diversas situações que envolvam crimes de grande complexidade, bem como aqueles que demandam uma atuação coordenada em âmbito nacional.
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Entre os casos mais comuns estão aqueles relacionados a organizações criminosas que atuam em mais de um estado, assim como crimes de corrupção que envolvem agentes públicos de diferentes esferas e fraudes de grande impacto econômico. O Gaeco Nacional pode, ainda, ser chamado para atuar em situações de emergência, que apresentem risco iminente à ordem pública ou à segurança de instituições democráticas.
Existe o interesse na construção de uma rede de atuação integrada e eficiente, pois a troca de informações e experiências entre diferentes Gaecos estaduais serve para o aprimoramento de técnicas de investigação. Contudo, o grupo especial não se limita apenas à investigação e à repressão de crimes, mas também desempenha um papel importante na capacitação e no treinamento de integrantes do Ministério Público e de outras instituições parceiras. Além disso, o Gaeco Nacional também pode atuar na articulação com outras instituições, como a Polícia Federal e a Receita Federal, para a realização de operações conjuntas.
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