O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, no sábado (15), durante uma transmissão ao vivo no canal Brazil Talking News, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria recebido dinheiro de fora do Brasil para influenciar os resultados das eleições de 2022. Segundo ele, a instituição teria "arranjado" 2 milhões de votos de jovens para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro alegou que três quartos das pessoas dessa faixa etária "votam na esquerda", e que essa foi a diferença de votos entre ele e Lula.
O ex-presidente também acusou o TSE de ter censurado sua campanha, dizendo que não teve a liberdade de mostrar imagens de Lula em uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas, onde o então candidato teria entrado sem segurança e usando um boné típico de facções criminosas. Além disso, Bolsonaro afirmou que não podia falar sobre a defesa do aborto por parte de Lula, nem sobre suas relações próximas com ditadores como Hugo Chávez e Nicolás Maduro, da Venezuela, "e com as ditaduras do mundo todo".
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Michael Benz sobre a Usaid
Durante a live, Bolsonaro também se referiu ao escândalo envolvendo a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que foi fechada pelo presidente norte-americano Donald Trump. A Usaid patrocinava diversas iniciativas de esquerda ao redor do mundo, incluindo ONGs que faziam militância contra o governo Bolsonaro.
Michael Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos durante o primeiro mandato de Trump, declarou que, se a Usaid não tivesse existido, Bolsonaro "ainda seria presidente" do Brasil. Em uma entrevista no programa The War Room, no dia 4 de fevereiro, Benz afirmou que a agência desempenhou um “papel crucial” nas eleições de 2022, financiando esforços para controlar informações e censurar o apoio a Bolsonaro.
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